Disputada unicamente por mulheres, a intenção inicial desta modalidade era suavizar os movimentos da ginástica e realçar a interação entre o corpo e os aparelhos. A ênfase na feminilidade foi outra constante na ginástica rítmica que incorpora, inclusive, posições e técnicas derivadas do balé clássico.
A ginástica rítmica também busca muitas referências na dança, algo que pode ser percebido quando associamos as potências da modalidade às principais escolas mundiais de dança. Moscou e Kiev são mundialmente conhecidas por suas escolas, enquanto outros países periféricos no esporte como Espanha e Brasil encontram na dança fortes identidades culturais.
Internacionalização
O primeiro torneio internacional da modalidade data de 1961 e foi realizado no Leste Europeu. Um ano depois, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) reconheceu a ginástica rítmica como modalidade e, em 1963, a entidade organizou oficialmente o primeiro torneio mundial em Budapeste, na Hungria. O evento contou com a participação de 28 ginastas de dez países europeus. Nesta época, as rotinas limitavam-se a bola, arco e maças.Nas décadas seguintes, o esporte teve grande crescimento e ganhou popularidade. Dessa forma, o Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu, em 1984, a ginástica rítmica como esporte olímpico. A modalidade fez a primeira aparição nos Jogos de Los Angeles com competições exclusivamente individuais. A primeira medalha de ouro foi conquistada por Lori Fung, do Canadá. A prata ficou com Doina Staiculescu, da Romênia e o bronze com Regina Weber, da Alemanha Ocidental.
Em Seul-1988, quatro anos após o boicote dos soviéticos, as ginastas deste país voltaram aos Jogos Olímpicos e impuseram seu domínio na modalidade com a vitória de Marina Lobach. No ano seguinte, competindo pela Comunidade dos Estados Independentes (CEI), Aleksandra Timoshenko subiu no ponto mais alto do pódio. Em Atlanta-1996 é implantada a competição por conjuntos, e a Espanha vence o primeiro ouro nesta categoria.
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